terça-feira, 30 de outubro de 2012

 (esse aí da foto é o Tupã e a menininha linda rs rs sou eu)

Se...
Se meu Pai não tivesse partido, eu diria, em minhas "ambições desmedidas", também "à maneira do... Crato": "Pai, tô com a fome! Tô com a fome!", porque a minha também não é uma fome qualquer...

Minha fome tem nome, sobrenome, e talvez more numa casinha de sapê... Talvez tenha lá um fogão à lenha... Jabuticabas maduras entortando o pé com seu doce pretume! Ah, essa "fome voraz que me faz c
ativa" é feita de abacaxis "roubados" por meu pai no quintal da casa de minha vó e chupados às escondidas bem de tardezinha...


Não. Essa é uma fome de laranja com tampinha de funil! De andar descalça pela estrada arenosa - que, no papel, está asfaltada - São Paulo-Cuiabá! Um gosto de anel de balinha perdido em meio às folhas do pomar! Essa é uma fome arretada como era a fome da Surdida, a viralata mais linda que eu já conheci, ou do Tupã, meu cachorro que morreu "de raiva".


E você aí ainda me pergunta: "Você tem fome de quê?" É uma fome de "Diversão e arte", "Desejo, necessidade, vontade"...


Confesso que "eu tô ficando impaciente, a minha fome é persistente". Aí você me diz: "Toda fome é tão carente/Come o amor que a gente sente"... É eu sinto a Fome... Fome "da minha infância querida que os anos não trazem mais"... Por isso, hoje eu tô com a Fome! Uma fome que não é saciada pela comida e sim pela saudade!


Continuarei com a Fome... à maneira minha mesmo!


Roziner Guimarães