Segui... Havia poucas palavras
Raras palavras
Roucas palavras
Para serem ditas!
Evitei os malabarismos poéticos:
Eu estava próxima demais de mim!
Deixei latente e latejante algumas sílabas soltas:
Elas poderiam denunciar minha insensatez poética!
Parti em busca de um discurso
Menos introspectivo, menos caótico
Mais sereno...
E eu estava ali, no meio de todas as letras, ensimesmada
No desvario de minhas perfunctórias buscas...
Não havia mais motivo para o sonho
A ilusão foi deveras incoerente
Inconsequente, premente...
Fiquei a sós com minha incongruência sem ritmo
E me lancei em busca de outras rimas...
Mas não havia mais motivo para rimar:
O poema já tinha sido escrito em versos livres...
Livres! Tão livres que se prendeu numa semântica totalmente
sem estilo!
Coloquei-o numa caixa e o entreguei à Pandora!
Roziner Guimarães