terça-feira, 16 de maio de 2017



“Um caso perdido”

Num Mundo "globalizado" (não me refiro à globo), temos de ser poliglotas... (Ainda que esteja tão difícil nos fazer entender). Eu falo a língua das cadeiras, dos passarinhos, dos vegetais, minerais e de todos os “ais”... Eu quero... Eu preciso falar. Mas, na maioria das vezes, eu me silencio. O silêncio também é conversa. Mesmo que seja conversa fiada. Ou nem tanto. Mas é conversa!

Eu não falo a língua dos anjos... Não. Essa eu não falo. Ou falo?Mas tento!

Dizem que de poeta e louco todo mundo tem um pouco... Então, eu sou a expressão da loucura, porque eu converso com meus botões... Com suas casas... Mesmo que eles não estejam por lá.

Converso com a mistura de tintas... Dou bronca, digo: “Vocês não se combinam, caramba... Onde fui meter meu pincel?” E elas algumas vezes me escutam e tratam de se misturar... Me enganam: sabem que eu gosto dessa mistura de conversa vem conversa vai...

E eu fico me perguntando: “Por que eu sou assim?” Uai, a resposta eu mesma dou: “É que sou poeta e poeta é louco tem amor demais tem de tudo um pouco”... “Um caso perdido”
E lá se foi mais uma conversa jogada fora!

Roziner Guimarães