Queria escrever um poema
Mas as palavras escorregam
Pelos dedos e se recusam a cair no papel...
Os dedos, cheios de palavras sem voz,
Vergam-se tristes
E se quedam frios na mesma mudez das palavras!
Depois, em desatino, eles ficam quentes...
Muito quentes
Como se quisessem
(ou pudessem)
Queimar as palavras
Que os entortam!
Ledo engano
Um grito agudo, subjugado
Põe-se para fora da garganta
Urrando, e, ao mesmo tempo,
Sussurrando uma dor sem-fim... Lancinante!
Nada de poema... Os dedos não mentem
a dor que as palavras sentem!!!
Roziner Guimarães
Mas as palavras escorregam
Pelos dedos e se recusam a cair no papel...
Os dedos, cheios de palavras sem voz,
Vergam-se tristes
E se quedam frios na mesma mudez das palavras!
Depois, em desatino, eles ficam quentes...
Muito quentes
Como se quisessem
(ou pudessem)
Queimar as palavras
Que os entortam!
Ledo engano
Um grito agudo, subjugado
Põe-se para fora da garganta
Urrando, e, ao mesmo tempo,
Sussurrando uma dor sem-fim... Lancinante!
Nada de poema... Os dedos não mentem
a dor que as palavras sentem!!!
Roziner Guimarães
Cobrona, que poesia linda!!! Compartilhei pelo FB e e-mail tá??!! Vc é muito talentosa, em tempos de uma enxurrada de clichês dá esperança de ver algo tão bom! Bjs
ResponderExcluirClaudia Wanessa
Amada poeta,
ResponderExcluirComo assim: "Nada de poema"??? Fiquei me perguntando: será que as palavras sentem mesmo dor... Ou a dor é do poeta? Minha amada, estava com saudade de seus textos! Beijo gostoso!
Augusto Cezar