quarta-feira, 4 de julho de 2012

 
Sem título
A Poesia que um dia me estuprou
E me fez poeta nas horas vagas e não vagas
Poeta mesmo que de uma nota só
Não é a mesma que hoje
Estupra esse meu desejo de Tudo e de Nada...
Essa poesia de agora não é mais urgente
Não tem pressa... Leva horas para ficar pronta...
E às vezes apenas balbucia...
O verso fica pela metade...
A rima não rima...
O poema fica sem ritmo...
Essa poesia de agora esqueceu a linguagem
que a enaltecia...
Hoje...
Hoje a poesia apenas chora a dor que o estupro lhe causou.
Roziner Guimarães

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