domingo, 23 de maio de 2010

Viajante


Saio para a vida como quem sai para um passeio a pé ...
Não levo arco nem flecha
Vou descalça para sentir o chão
O olhar vagueia por um ou outro ângulo à procura de cores e sabores
Novas nuances se me apresentam agridoces
E eu toda eufórica
Engulo a brisa
Faço-me beija-flor
E saio correndo de braços abertos tentando abraçar o infinito...
À minha frente um horizonte sem fim!
No limite de mim, despejo meu desejo
E vou ao encontro da mulher que sou
Sem emblemas
Sem cismas
Rotulada
Com rasuras
Com nervuras
Papel carbono não sou!
Coloco-me virgem para a viagem
Que empreendi ao interior de mim...
Se não o convido é porque você não sabe cuidar
Dessa minha travessia...
Deixe-me!
Há tantos outros românticos
Como eu querendo apenas e tão somente
Criar uma poesia,
Em versos brancos,
Estrofes sem rimas,
Chuleada nos avessos
Viajando pelos meus versos livres!

Roziner Guimarães
23/05/2010 





 



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